Recuperar o céu estrelado com a tecnologia LED

O excesso de iluminação tem vindo a sentir-se cada vez mais nas cidades, provocando a diminuição da noite, “roubando” o céu estrelado e provocando um conjunto de outras perturbações, como alterações no ritmo circadiano, que controla o nosso relógio biológico, ocasionando alterações ao nível do sono.

Este aumento excessivo de radiância que se verifica atualmente, a tal poluição luminosa, é provocada pela iluminação exterior de reclamos luminosos e pela iluminação pública, com o crescimento não só de pontos de luz, mas também da quantidade de luz emitida por cada luminária.

Como é que a iluminação pública LED pode ajudar a reduzir a poluição luminosa?

As vantagens da iluminação pública LED são já sobejamente conhecidas em termos de eficiência energética, economia de custos e defesa do ambiente, mas é possível ir mais longe e ajudar a recuperar o céu estrelado. Saiba como:

 

• Controlo e regulação de fluxo

Usar soluções de regulação de fluxo, permitindo a redução de intensidade ao longo da noite em alturas de menor atividade. Sem comprometer a segurança, esta estratégia permite uma maior redução da poluição luminosa e, uma vez mais, maior eficiência energética.

Utilizando luminárias inteligentes que podem ir ajustando intensidade luminosa.

Afinal, que sentido faz ter as luminárias com intensidade a 100%, durante toda a noite?

 

• Mudar para LED âmbar

Atualmente ainda se utiliza muito o LED com uma temperatura correlacionada de cor (CCT) de 5 000K a 4 000K. Deve ser limitada a utilização de CCT superiores a 2 700K, para prevenir a utilização da luz azul.

A maioria dos LED usa muita luz azul que se espalha mais do que qualquer outra luz visível. Além do mais, a luz azul é também perniciosa à saúde das pessoas. Estudos sugerem que, com o tempo, a exposição à extremidade azul do espectro da luz pode causar sérios malefícios. O mesmo acontecendo com os animais, onde é afetada a sua coordenação e orientação.

 

• Educar e sensibilizar

Promover a discussão pública e melhorar a regulamentação sobre a quantidade de luz. Deve haver uma preocupação por parte de quem projeta, em manter ou reduzir os níveis luminosos, em especial quando se faz a transição da iluminação pública convencional (mercúrio, vapor de sódio e iodetos metálicos), para a tecnologia LED. Ter em atenção aos estudos rigorosos de fotometrias, por forma a garantir a segurança das vias, assim como todos os normativos, com o mínimo de luz possível. Maior quantidade de luz, não significa necessariamente melhor iluminação.

 

Se implementarmos algumas destas medidas, conseguimos reduzir a poluição luminosa e reduzir as emissões de dióxido de carbono.

Um exemplo: Projeto DARK SKY® ALQUEVA